Quando a política é fria, impessoal e não resolve os problemas

Recebemos mais uma resposta do famoso Vice-Presidente da CMA, Gabriel de Oliveira, a qual passamos a transcrever:

From: Gab. Vereador Gabriel Oliveira (gab.ver.goliveira@cm-amadora.pt)
Sent: Mon 2/23/09 9:30 AM

Assunto: (Moinho do Guizo) mais uma pessoa que não comprou casa neste bairro

Na sequência do fax enviado por V. Exª vimos pelo presente informar V. Exª que a responsabilidade das obras por concluir são única e exclusivamente do urbanizador

Com os melhores cumprimentos.

Gabriel de Oliveira, engº
Vice-Presidente

Apetece perguntar:

Mas ainda não perceberam que não queremos respostas estandardizadas?!

Queremos uma cara a cara, honesto, transparente, de tu para tu, sem falsas promessas e onde exista um verdadeiro arregaçar de mangas para resolver esta situação.

Reunião entre moradores do Moinho do Guizo no dia 28.2.2009

Dois vizinhos e comentadores deste blog apresentaram a proposta de uma reunião entre moradores do Moinho do Guizo para dia 28 deste mês. Veja aqui a discussão.

Proponho que se defina um plano de trabalho com os tópicos a serem abordados e se defina um local para reunir.

O que será tratado na reunião?

Onde?

A que horas?

Moinho do Guizo amanhã de manhã da Rádio Renascença

Recebemos esta informação de um vizinho:

Bom dia : caros vizinhos cá estou eu como prometi, a dar-vos noticias.
Então ouçam amanhã dia 19 quinta feira a rádio renascença entre as 6,30 e as 7 horas o meu mais profundo agradecimento ao sr presidente da camara e ao sr vereador gabriel oliveira pelos bons serviços que vêem prestando ao nosso bairro.
Por favor informem o maior numero de vizinhos que eu tambem vou fazer o mesmo para que ouçam, e assim os motivarmos para a luta (no bom sentido) que temos que travar com eles para que de uma vez por todas isto vá p'ra frente
já esperámos tempo de mais...

um abraço a todos e até amanhã.

Obras apenas no fim do ano 2009: O que o Vice-Presidente Gabriel de Oliveira não quis dizer

Um dos vizinhos recebeu a seguinte resposta da CMA. Na melhor das hipóteses, as obras apenas começam no fim deste ano. O Vice-presidente Gabriel de Oliveira parece que se esqueceu de mencionar este pequeno pormenor nas respostas que enviou aos moradores. Felizmente a Arquitecta Celeste Baptista partilhou a seguinte informação:

Exmo. Senhor

No seguimento da nossa resposta informa-se que não vai haver novo urbanizador. A Câmara Municipal da Amadora ir-se-à substituir ao urbanizador, fazendo as obras que ele não fez.

Para já, está em fase de elaboração o projecto de execução; depois do projecto concluído, irá ser lançado um concurso público, para execução das obras.

Provavelmente, só será possível iniciar as obras (se tudo correr bem), no último trimestre de 2009.

Com os melhores cumprimentos

A Chefe da Divisão de Espaços Verdes

Celeste Baptista, Arq.ª Pais.ª

Joaquim Raposo e Gabriel de Oliveira afirmaram à comunicação social (Jornal da Região) em Fevereiro de 2008:

"vamos avançar com as obras em falta"

"o concurso para a empreitada só pode ser lançado após a conclusão do parecer jurídico, que já não deve tardar"

E também no jornal O Público:

"Câmara da Amadora assegura que a situação será resolvida em 2009."

"O urbanizador fugiu e só podemos actuar no final de 2008"

"as obras de conclusão da urbanização do Moinho do Guizo deverão ter início em 2009"

Típico... para politico!

Nova resposta vaga e dá vontade de rir... para não chorar

From: Gab. Vereador Gabriel Oliveira (gab.ver.goliveira@cm-amadora.pt)
Sent: Tue 2/17/09 3:11 PM


Exmo. Senhor

Na sequência do correio electrónico enviado por V. Exª, cumpre-nos informar que os prazos ainda não se esgotaram devido a divergências jurídicas no entanto, o concurso para o lançamento das obras poderá ter o inicio durante o corrente ano.

Com os melhores cumprimentos.

Gabriel de Oliveira, engº

Vice-Presidente

Café em risco de fechar e aquilo que a CMA poderia fazer

Conversando com a dona de um café aqui do bairro ficámos a saber que ela e o seu marido irão fechar o espaço se no final do mês não se iniciarem as obras de melhoramentos no Moinho Guizo.

É mais uma notícia triste, mas perfeitamente compreensível. Há um cansaço generalizado dos moradores que esperam, muito pacientemente até, pela concretização do plano de urbanização do bairro.

Enquanto se espera por uma decisão do tribunal, desespera-se.

Poderia a CMA realizar outras acções que minimizassem os efeitos desta espera e o desespero dos moradores?

Cremos que sim! Algumas das sugestões que deixamos para a Câmara Municipal da Amadora (CMA):

1. Realizar uma reunião aberta com os moradores explicando o ponto de situação
2. Visitar o bairro com regularidade e comunicar directamente com os moradores
3. Proceder à limpeza regular do bairro
4. Escrever uma carta a cada morador e manifestando a atenção e empenho da CMA na resolução neste problema
5. Realizar uma manhã de limpeza comunitária das ruas, reunindo moradores, vereadores e presidente da CMA, presidente de junta e funcionários dos serviços de limpeza da autarquia
6. Apoio técnico na área da consultoria e formação a todos os comerciantes do bairro, de modo a assegurar que estes consigam manter as suas actividades.

Que outras sugestões gostaria de dar à CMA?

Resposta da CMA

Recebemos no final da tarde de ontem uma resposta de Gabriel de Oliveira, Vice-Presidente da CMA sobre os problemas do Moinho do Guizo, a qual passamos a transcrever:

From: gab.ver.goliveira@cm-amadora.pt
Date: Fri, 13 Feb 2009 19:08:09 +0000

Exmo. Senhor

Antes de mais queremos agradecer a oportunidade que nos dá para, não só, constatarmos as demais preocupações dos nossos munícipes, sustentado no principio da participação democrática, como também, por esta via podermos informar os mesmos do trabalho realizado por esta autarquia.

Assim, cumpre-nos informar V. Exª que a responsabilidade das obras por concluir são única e exclusivamente do urbanizador cujo processo de levantamento de garantias bancária aguarda decisão jurídica para que a Câmara Municipal da Amadora possa substituir o urbanizador.

Com os melhores cumprimentos.

Gabriel de Oliveira, engº

Vice-Presidente

Há que reconhecer a prontidão na resposta. Mas a mesma não tem nada de novo.

No Moinho do Guizo os problemas continuam, dia após dia. Um dia serão resolvidos. Apenas não sabemos quando.

Mas aquilo que dificilmente poderá ser resolvido é o impacto que esta situação provocou, e provoca, ao longo de 5 anos, nas pessoas, revoltando-as, entristecendo-as e fazendo com que fiquem cada vez mais descrentes nas entidades que supostamente deveriam cuidar dos seus interesses, isto é, os interesses comuns.

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